AUMENTO DO DÓLAR
Atualizado: 2 de set. de 2021

Por que ocorre?
O Banco Central informou recentemente, que o déficit em transações correntes, ou seja, o que entra e sai de moeda estrangeira em nosso país chegou a US$ 7,8 bilhões em outubro, sendo o pior resultado para o mês desde 2014. Ao todo o déficit já atinge US$ 45,6 bilhões, rombo 41% maior que no mesmo período deste ano.
Todavia vamos explicar o que o Ministro Paulo Guedes, disse sobre o câmbio não assustar, ocorre que o Brasil está numa fase de recuperação, não tratamos de uma doença de uma hora para outra com resultados imediatos, portanto, com o aumento das exportações por conta de vários setores inclusive o da carne, em conjunto com investimentos diretos o crescimento econômico será certo.
Acredito que o dólar não deve ultrapassar o patamar de R$ 5,30 e a tendência é que ele baixe, principalmente no início do próximo ano, o Banco Central por sua vez está ofertando moeda americana no mercado financeiro para tentar conter a alta do dólar e segurar o preço.
Exportadores serão beneficiados com o aumento?
A verdade é que o dólar em torno de R$ 5,00 seria bem conveniente para o Brasil, neste momento, tendo em vista que os Juros quando muito baixos em países tidos como emergentes que é o caso do Brasil, que significa ser mais instável, acabam afastando o capital estrangeiro, tendo em vista que a renda fixa passa a render pouco fazendo com que os investidores comecem a ir embora em busca de locais mais atraentes.
A Selic por exemplo, está atualmente por volta dos 5,25%, devendo subir ainda para um patamar entre 7% a 9% ainda neste ano, noticia ruim para uns, maravilhosa para outros, pois par o câmbio, seria uma excelente notícia. Assim as exportações, são impulsionadas pelos altos índices de preços referentes a minérios e produtos agrícolas no mercado internacional, (Agronegócio), que continuam a bater recordes fazendo com que entrem mais dólares no Brasil.
Será que o dólar voltará a ficar abaixo de R$ 4,00?
Acredito, que isto não ocorrerá tão cedo, pois os juros do Brasil estão mais baixos, exemplo do cheque especial, bem como os juros bancários, aliados a uma economia fraca, faz com que investidores estrangeiros mantenham o seu dinheiro fora do mercado brasileiro por um certo tempo.
Além deste cenário temos uma guerra comercial entre China e EUA, que diminui drasticamente a entrada de dólares em nosso país, o que encarece ainda mais a moeda americana que nunca esteve tão forte.
O responsável pela mesa institucional da Genial Investimentos, Roberto Motta, disse que os juros em níveis historicamente baixos, a atividade econômica no Brasil ainda frágil, além de incertezas na economia global por causa da guerra comercial entre Estados Unidos e China estão diminuindo a entrada de dólares no Brasil, o que encarece o preço da moeda americana ante o real. Mota lembra que há importantes peças se mexendo também no tabuleiro internacional, e que também mudam a tendência do dólar no Brasil.
Além disto, O Federal Reserve (Fed), que é o banco central dos EUA, deve ainda este ano começar a retirar os estímulos financeiros despejados sobre o seu mercado financeiro que foi dado durante a pandemia, o que certamente deve enxugar a enxurrada de capitais que foram investidos em países emergentes.
Sobre o autor

Dr. Monteiro. Advogado, Professor, Mentor, Cientista Político, Especialista em Direito Público c/ Ênfase em Gestão, Especialista em Direito Eleitoral, Mestre em Direito das Relações Internacionais, Ex-Presidente da Comissão de Relações Internacionais da OAB/AM, atuando ainda nos órgãos federais e outras entidades da administração pública direta e indireta, formado em Administração e Direito, busca sempre aperfeiçoamento em suas áreas, conhece bem as dificuldades do empresariado e da população, por isto tem um notório conhecimento como consultor jurídico, administrativo e financeiro, tendo sido ainda gerente bancário por 05 (cinco) anos, bem como é Autor de diversas Obras Jurídicas.